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INSEMINAÇÃO
ARTIFICIAL

Um dos métodos de reprodução assistida, a inseminação artificial consiste em injetar os espermatozóides no útero da mulher.

FERTILIZAÇÃO
IN VITRO - FIV

A fertilização in vitro é um processo em que a fecundação ocorre fora do útero materno, em laboratório.

CONGELAMENTO
DE EMBRIÕES

Os embriões excedentes após uma fertilização in vitro, podem ser congelados para a eventuais tentativas futuras.

CASAIS
HOMOAFETIVOS

O conceito tradicional de família, composta por um casal heterossexual com filhos, já deixou de ser prevalente nos lares brasileiros.

QUAIS SÃO OS TIPOS DE TRATAMENTOS ?

O conceito tradicional de família, composta por um casal heterossexual com filhos, já deixou de ser prevalente nos lares brasileiros. Hoje, encontramos habitualmente as famílias formadas pelas novas e diferentes configurações de laços de parentesco. Diante desse novo cenário, é cada vez mais comum que os casais homoafetivos e as mães e pais solteiros busquem ajuda das técnicas de reprodução assistida para realizarem, enfim, o sonho de ter uma família. Para os casais femininos e as mulheres solteiras, a fertilização in vitro ou inseminação artificial com o sêmen de um doador são as possibilidades indicadas. Já para os casais masculinos e os homens solteiros, a opção é a fertilização in vitro com a colaboração de duas mulheres: uma doadora anônima de óvulos, e uma familiar disposta a praticar a “barriga solidária” para gestação do bebê.

Os embriões excedentes e de boa qualidade não transferidos após uma fertilização in vitro de sucesso podem ser congelados para a eventual tentativa de um segundo filho no futuro. Ou então, caso a tentativa de fertilização in vitro não tenha resultado na gestação desejada, os embriões podem ser transferidos em ciclo subsequente sem necessidade de novo estímulo e coleta de óvulos.

Quando existem embriões excedentes em boas condições de congelamento, isso significa que a mulher respondeu bem às medicações para estimulação ovariana, que a fertilização foi adequada e que houve evolução para embriões de boa qualidade.

Nos casos em que o casal opta pela análise cromossômica dos embriões, ou em que é necessário postergar a transferência para evitar complicações (como a síndrome de hiperestímulo ovariano), também pode ser necessário o congelamento dos embriões.

O congelamento de óvulos é o método mais seguro para mulheres que pensam em postergar a maternidade, ou que irão passar por tratamentos médicos que podem levar à infertilidade, como radioterapias, quimioterapias ou cirurgias ovarianas.

O primeiro passo consiste na estimulação ovariana, com injeções de hormônio que estimulam a produção de óvulos, além de seções de ultrassonografia que acompanham o desenvolvimento dos folículos e determinam o momento exato da aspiração. Em seguida, os óvulos são coletados e congelados em um processo de vitrificação, sendo mantidos em nitrogênio líquido, sem limite de tempo. A quantidade de óvulos coletados e congelados irá depender da idade da mulher e da sua reserva ovariana até o momento.

As mulheres nascem com uma reserva ovariana predeterminada que, a cada ciclo menstrual, vai sendo reduzida em quantidade e qualidade. Essa reserva pode diminuir ou até se esgotar precocemente, antes dos 40 anos de idade, afetando de forma parcial ou definitiva a fertilidade feminina. É a chamada falência ovariana precoce ou menopausa precoce.

Em geral, mulheres com esta alteração começam a sinalizar o quadro com ciclos menstruais mais curtos, que vão se tornando escassos até interromperem totalmente a menstruação. O problema pode estar relacionado a alterações cromossômicas, doenças autoimunes ou até mesmo ao consumo excessivo de nicotina e álcool. Casos similares na família também pedem atenção.

Quando o paciente possui alguma condição que comprometa sua fertilidade ou será submetido a um tratamento oncológico, o congelamento de sêmem é uma alternativa eficiente. O indicado é que a amostra seja coletada antes do tratamento, já que as sessões de quimio ou radioterapia podem afetar a qualidade do DNA espermático, assim como reduzir a produção de esperma. Podendo inclusive, levar a azoospermia ( ausência de espermatozoides ).

As amostras são congeladas e mantidas em nitrogênio líquido, podendo permanecer assim por tempo indeterminado. A taxa de sucesso no descongelamento do sêmen é bastante alta, e o material pode ser utilizado posteriormente em tratamentos de fertilização in vitro e inseminação artificial.

No congelamento de tecido ovariano, fragmentos do ovário são congelados por tempo indeterminado e, quando a paciente estiver liberada para tentar uma gravidez, são reimplantados no organismo, podendo demorar cerca de quatro meses para voltar a ovular e recuperar as funções hormonais. Caso a paciente tenha trompas normais, pode engravidar naturalmente, caso contrário, pode realizar uma fertilização in vitro.

É uma técnica ainda recente, mas que já apresenta resultados promissores, principalmente para casos em que a mulher não pode ser estimulada com hormônios, ou precisa iniciar um tratamento oncológico com urgência, não dispondo de tempo em aguardar a indução da ovulação para o congelamento de óvulos.

Este tipo de complicação ocorre em cerca de 3% dos casais em idade fértil, não estando associado a uma faixa etária específica. Já a incidência de abortamento ocasional aumenta diretamente com a idade da mulher: 10% aos 30 anos, e de 30 a 40% após os 40 anos.

A doação de óvulos é uma opção oferecida para mulheres que estão em tratamento de reprodução assistida com seus próprios óvulos e desejam, que seja por altruísmo ou por auxílio na efetivação do seu tratamento, doar parte dos óvulos coletados. Nesse caso, a paciente doadora concorda em ceder parte de seus óvulos para outra mulher, a receptora, que por sua vez pode oferecer um auxílio para custear parte do procedimento de fertilização in vitro da doadora.

Geralmente, as receptoras são mulheres acima dos 40 anos, que não produzem óvulos em quantidade e qualidade, ou que realizaram tratamentos de doenças que afetaram sua fertilidade, como o câncer, ou que possuem alguma doença genética com risco de ser transmitida para o filho.

Por determinação do Conselho Federal de Medicina (CFM), as doações de gametas e embriões devem ser anônimas e não podem ocorrer entre familiares. Todos os dados de doadoras e receptoras são armazenados, caso, no futuro, seja necessária a identificação da origem da doação.

A fertilização in vitro é um processo em que a fecundação ocorre fora do útero materno, em laboratório. Em seguida, há a transferência do embrião para o útero da mulher.

O primeiro passo do tratamento envolve injeções hormonais que ajudam a estimular o desenvolvimento de vários folículos ao mesmo tempo, Em seguida, eles são coletados e fecundados com espermatozóides (que podem ser doados ou do próprio companheiro da mulher). Depois, é realizada a transferência para o útero da mulher, no momento em que o endométrio está receptivo aos embriões. Todo esse processo dura cerca de 20 dias se o embrião for transferido no momento. Outra opção é congelá-lo para implantação em outro ciclo, por indicação médica ou opção da própria paciente.

Normalmente a técnica é indicada para casais em que a mulher tenha problemas nas trompas ou endometriose (o que pode dificultar a chegada dos espermatozóides até o óvulo), ou que o homem tenha problemas na produção dos gametas. É opção, ainda, em casos de falha na tentativa de outros métodos de reprodução assistida.

A ICSI é uma técnica mais elaborada de fertilização in vitro (FIV), que consiste na injeção de um espermatozóide dentro do óvulo maduro, quando se sabe que é mínima ou inexistente a chance de fertilizá-lo sem auxílio. As etapas do tratamento são idênticas ao processo convencional da FIV, com estimulação ovariana, coleta de óvulos e espermatozóides, e transferência do embrião para o útero materno. A diferença está no método utilizado pelo laboratório para fertilização do óvulo com o espermatozoide (seja de forma natural ou por meio da injeção do espermatozoide no óvulo). A injeção intracitoplasmática (ICSI) é indicada quando existe uma alteração severa na quantidade ou qualidade dos espermatozóides, ou quando existem condições que prejudicam a entrada espontânea do espermatozóide no óvulo.
Um dos métodos mais simples de reprodução assistida, a inseminação artificial consiste em injetar os espermatozóides diretamente no útero da mulher, durante seu período fértil, facilitando a união dos gametas para formação do embrião. Para o procedimento, são selecionados apenas os espermatozóides com melhores chances de fertilização, isolados em laboratório após a coleta do sêmen. No caso dos homens, a técnica é utilizada quando o volume, a quantidade ou a mobilidade dos espermatozoides apresenta problema leve ou moderado. Já para as mulheres, é importante observar se a paciente tem as trompas normais e os ciclos menstruais regulares. O método é contraindicado para mulheres com trompas obstruídas e homens com sêmen com alterações severas.

Hoje, os pacientes com câncer conseguem ter uma boa expectativa e qualidade de vida com os constantes avanços nos tratamentos da doença. Porém, esses mesmos tratamentos, que incluem a quimio e radioterapia, ainda têm um efeito deletério sobre o aparelho reprodutor feminino e masculino, podendo causar uma infertilidade transitória ou permanente.

Preservar a fertilidade desses pacientes significa guardar os gametas (óvulos e espermatozoides) congelados para uso futuro. O congelamento é feito preferencialmente antes deles se submeterem ao tratamento, evitando possíveis danos às amostras.

Para os homens adultos, uma opção viável é o congelamento do sêmen, que será usado em uma possível inseminação artificial ou fertilização in vitro. Para as mulheres adultas, o congelamento de óvulos ou de embriões são os métodos mais recomendados.

Depois de uma avaliação precisa dos fatores que podem impedir a gravidez, é possível tentar uma gestação com a programação da relação sexual. O objetivo é garantir que os espermatozoides estejam nas trompas no momento da ovulação.

A relação sexual programada consiste em acompanhar a ovulação espontânea, ou induzir o desenvolvimento dos folículos ovarianos com o uso de medicamentos, avaliando seu crescimento por meio de ultrassonografias seriadas. Quando o folículo atinge o tamanho ideal, é induzida a ovulação e, então, se estabelece a data exata da relação sexual. O método aumenta as chances de uma gravidez, principalmente em pacientes com disfunção ovulatória (aquelas que não ovulam ou ovulam tardiamente).

 

Útero de Substituição ou “Barriga Solidária” é um procedimento da Medicina da Reprodução Assistida que é indicado para os seguintes casos:
– Patologia uterina que atrapalha/impede a implantação, ou evolução da gestação;
– Doença clínica que a coloca em risco de saúde da mulher ao gestar;
– Ausência uterina, quando mulher passa por uma cirurgia para sua retirada (histerectomia);
– Casais homoafetivos masculinos.

Há regras para garantir o bem-estar da paciente que vai gestar, são elas:
– Precisa ter boas condições clínicas de saúde e psicológicas;
– Ser parente até 4° grau (mãe, irmã, tia, prima);
– Fazer exames infecciosos e da cavidade uterina.

Caso não haja parente de 4° grau, há possibilidade de uma paciente não aparentada ser submetida a avaliação pelo CRM para avaliação e liberação do tratamento.

Em nenhum caso pode haver compensação financeira a paciente que irá gestar.

O procedimento de FIV (Fertilização in Vitro) é realizado, e a transferência  dos embriões resultantes é feita para a mulher doadora do útero. Em nenhum momento há participação genética da mulher que irá gestar. No caso de indicação de uso de óvulos doados, a doadora deverá ser anônima, pois não podemos usar os óvulos da “barriga solidária”.

Este é um procedimento autorizado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina).

QUAIS SÃO OS TIPOS DE PROCEDIMENTOS ?

A cirurgia para endometriose é indicada quando há acometimento das vias urinárias, intestino, presença de endometriomas (cistos nos ovários) grandes, além de dor intensa. Deve-se sempre poupar o máximo possível os ovários, para que a reserva ovariana da mulher não seja comprometida. Na maioria dos casos, o procedimento é realizado por videolaparoscopia.

O objetivo é estimular o ovário a liberar em um mesmo ciclo mais óvulos, quando naturalmente seria liberado apenas um. No procedimento, de forma segura e controlada, a mulher recebe uma dosagem diária de hormônios por um período de 10 a 14 dias. Durante esse tempo, também são realizadas ultrassonografias que avaliam o crescimento e a evolução dos folículos ovarianos. Quando eles atingem um número e grau de maturação adequados, é programada a inseminação artificial ou fertilização in vitro.

O procedimento de remoção cirúrgica de espermatozóides envolve a retirada dos gametas diretamente dos testículos ou dos epidídimos (pequenos ductos que coletam e armazenam os espermatozóides produzidos nos testículos). É indicado para homens que sofrem com azoospermia, ou seja, que não apresentam espermatozóides no seu líquido ejaculado ou naqueles que realizaram uma vasectomia, por exemplo.

De três a cinco dias após a coleta dos óvulos, é realizada a transferência de embriões para o útero da paciente. Neste dia, a mulher deve estar com a bexiga cheia, o que facilita o posicionamento do útero que receberá o cateter com os embriões. Após a transferência, é recomendado que a paciente fique de repouso relativo nas próximas 24 horas.

Quando o paciente apresenta sintomas como dor e atrofia testicular, ou mesmo quando estiver considerando um tratamento de reprodução assistida, é recomendado avaliar a necessidade de correção cirúrgica da varicocele.

Nos casos de infertilidade, o tratamento cirúrgico nem sempre vai melhorar a qualidade do sêmen. Por isso, a indicação cirúrgica deve ser sempre avaliada em conjunto com o quadro clínico do casal, e decidida apenas por um especialista.